Por Maria Cristina Ferrarez Bouzada
Andou pela Rua Sete,
Virou uma esquina
E sentou-se em um bar.
Olhou e esperou,
Ninguém chegou.
Apenas um pássaro sobrevoava,
Pacientemente pelo salão.
Ele se levantou,
Esticou seus olhos por todas as paredes,
Olhou para o bichinho colorido
E quis dialogar.
Observou novamente as paredes,
Onde havia muitas poesias escritas
Por pessoas famosas, anônimas,
Não importa.
Umas falavam sobre o amor,
Outras sobre a dor,
Muitas retratavam a desorganização humana.
Respirou tranquilamente,
E o passarinho feliz cantou.
O homem olhou para si mesmo,
E viu o tanto que era feliz.
Pegou seus pertences sobre a mesa,
cuja estrutura de demolição,
E bateu em retirada.
E lá se foi.
Rumou pela Rua Sete ,
Olhou para o céu,
Respirou,
Sentiu a liberdade,
Assobiou…